Novo cenário requer mudanças.
Elisabete Prado: “Com a tecnologia que a Delphos dispõe, o atendimento ao cliente não sofrerá qualquer alteração”.
O MONITOR MERCANTIL dá início a uma série de reportagens feitas com participantes do mercado de seguros – seguradoras, corretoras, prestadores de serviços e entidades de representação – para mostrar como estão se preparando para atuar no cenário imposto pela pandemia do coronavírus.
Como será o futuro pós-pandemia dos negócios, das empresas e dos seguros no Brasil? Para responder à pergunta mais frequente dos últimos tempos, executivos do setor contam o que vão incorporar da experiência durante o isolamento social para a rotina de suas empresas.
Entre as principais lições, eles apontam o papel fundamental da tecnologia para garantir a continuidade das operações, seja qual for o contexto.
Pós-pandemia
Para a Delphos, empresa de serviços e tecnologia, dado o sucesso da empreitada “compulsória”, o regime de home office será uma opção certa para parte dos colaboradores. “Com a tecnologia que a Delphos dispõe, o atendimento ao cliente não sofrerá qualquer alteração”, afirmou Elisabete Prado, diretora Comercial e de Marketing.
Ela conta que o trabalho remoto já existia ocasionalmente na empresa. “Quando fizemos essa mudança, todos levaram computadores da empresa, com todas as informações protegidas por ferramentas de segurança, e com acesso à central telefônica da Delphos, podendo receber e fazer ligações pelo seu número de ramal, já conhecido pelos clientes e fornecedores”, explica.
Segurança da dados
Os cuidados com a proteção de dados e garantia da segurança das informações, o apoio aos colaboradores na correta instalação e manutenção dos equipamentos, a viabilização de mecanismos de acessos à internet com ampliação de bandas ou contratação de provedores para alguns, foram determinantes para o sucesso da transição.
“Isso mostra como investir em um bom modelo de TI é fundamental para garantir a continuidade do negócio das empresas, sem qualquer prejuízo em suas atividades, em situações adversas”, pontua.
Segundo a executiva, a experiência interna foi positiva em vários sentidos: no comprometimento por parte dos colaboradores, que se empenharam para que o local de trabalho não interferisse na qualidade dos serviços; na solidariedade de uns com outros; nos estudos e reuniões em grupo, que se intensificaram para compensar a distância física.
Além disso, a empresa adotou um regime mais flexível em relação a horários, permitindo que cada um organizasse sua nova rotina da melhor forma, o que acabou resultando na melhoria da produtividade.
“As empresas devem se preparar para qualquer catástrofe. A Delphos já tinha adotado soluções para situações de emergência. O modelo de contingenciamento criado pela empresa visava garantir a continuidade do trabalho em caso de DR (Recuperação de Sistemas por desastre). Mas serviu para uma pandemia não prevista”, avalia.
Já no que diz respeito aos serviços prestados, o contexto serviu para acelerar a implantação de algumas soluções. “Já estava em desenvolvimento uma solução para a realização de vistoria remota, com orientação ao segurado por um engenheiro da empresa. Por conta do isolamento, mesmo não estando totalmente pronta, a aplicação da ferramenta foi adotada de forma imediata para ajudar as seguradoras, enquanto a empresa prossegue com os desenvolvimentos dos recursos que serão incorporados em breve”, disse ainda.