Dentre os serviços oferecidos pela Delphos, a maior demanda é por soluções de tecnologia para substituírem sistemas obsoletos. Segundo Elisabete Prado, as seguradoras costumam reavaliar periodicamente suas ferramentas em busca de novidades ou avanços, principalmente, na área de automação de processos. Outra demanda crescente é por serviços de regulação de sinistros de bens e pessoas, sobretudo para carteiras volumosas e longevas que enfrentam aumento de sinistralidade na medida em que envelhecem.
Para dar suporte a esse crescimento, a Delphos desenvolveu o sistema de vistoria remota, que dispensa o contato direto do segurado com o vistoriador. O sistema foi criado durante a pandemia para atender a necessidade de celeridade e, ainda, para preservar a saúde dos segurados e vistoriadores. “Funcionou tão bem que, mesmo agora, as vistorias remotas vêm crescendo exponencialmente e já representam 70% de todos os serviços realizados”, diz a presidente da Delphos.
Atuação na pandemia
Durante a pandemia, a Delphos foi uma grande parceira das seguradoras da área de vida, especialmente para aquelas que deliberaram indenizar sinistros de covid. “A pandemia foi um susto para o mundo e ninguém estava preparado para enfrentá-la”, diz Elisabete Prado. Atualmente, com o fim do estado de emergência decretado pela OMS, ela avalia que já é possível olhar a pandemia pelo retrovisor, e a primeira conclusão é que o mercado de seguros foi afetado, tanto quanto outros segmentos.
No entanto, durante a pandemia havia a necessidade de regular rapidamente os sinistros para não impor mais sofrimento às famílias. “As seguradoras precisavam ter times que operassem com excelência e com tempestividade. Como a Delphos tem larga experiência em análise de processos de morte e invalidez, já que atua no ramo vida desde 1967, foi possível socorrer as seguradoras”, diz.
Segundo a presidente da Delphos, o objetivo das seguradoras naquele período era evitar aumento em seu headcount, em função da longa curva de aprendizado de equipes entrantes. Por isso, optaram por empresas com experiência comprovada. Hoje, Elisabete Prado está convicta de que a pandemia, apesar das consequências nefastas, fez a população despertar para a necessidade de proteger a vida e a família por meio do seguro.
“O respaldo oferecido pelas seguradoras durante a pandemia foi claramente percebido, mostrou a importância desse seguro, e isso certamente servirá para uma mudança de cultura”, diz. No entanto, cabe ao mercado segurador fazer a sua parte. Na visão da presidente da Delphos, serão necessários investimentos contínuos em tecnologia e a criação de produtos que se adequem aos vários tipos de consumidores e estejam ao alcance do poder aquisitivo da massa. “Com isso, será possível atingir um patamar que nunca tivemos”, diz.
Elisabete Prado avalia a relevância de o mercado segurador voltar a sua atenção às comunidades carentes. “É preciso atender a essa parcela, principalmente, com os chamados microsseguros, que têm o cariz social de auxiliar a população de baixa renda nos riscos de morte, invalidez e outras coberturas básicas, e que servem de apoio financeiro em casos de emergências”, diz.
Planos
Como uma empresa de serviços, a Delphos está atenta aos planejamentos das seguradoras que operam com os seguros de pessoas. Segundo a presidente, o olhar da empresa é sobre como operacionalizar as entregas da melhor forma possível, tanto em relação aos prazos, como em relação à assertividade na atuação e qualidade. “Somos os bastidores das seguradoras e precisamos garantir que tenham sempre a melhor performance. Por isso, nossos planos passam, naturalmente, pela permanente busca das melhores práticas e soluções”, diz.
Fonte: CVG-SP