Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, as atenções costumam se voltar, entre outros aspectos, à participação feminina no mercado de trabalho. Segundo pesquisa do Instituto Ethos, em pleno 2019, a porcentagem de mulheres em cargos de presidência continua abaixo dos 7% no Brasil.
Contribuição positiva
A Delphos, prestadora de serviços do mercado de seguros, contribui positivamente para essa estatística ainda abaixo do ideal, com a sua vice-presidente, Elisabete Prado, que está na empresa há mais de 30 anos, sendo 17 em cargos de Diretoria e quase dois como VP.
A executiva acredita que o interesse das mulheres pelo mercado de seguros vem crescendo “por conta de mudança nas premissas que estão libertando as escolhas femininas. No passado, o setor de seguro tinha o estigma de ser mais adequado para homens, talvez pelo fato de ter a característica intrínseca de ‘exigências ou gostos matemáticos’, que não era, equivocadamente, atribuído às mulheres.
O curso de Atuária era predominantemente frequentado por homens, porque no imaginário da sociedade ‘mulheres e matemática não combinavam’, pensamento que também permeava as áreas da tecnologia”, avalia.
Equilíbrio no mercado
As estatísticas mostram que, hoje, a predominância ainda é masculina no alto comando, mas, na média gerência, elas já são mais de 50%. “Isso torna inexorável que, no futuro, haja uma distribuição mais equânime no escalão de primeiro nível”, diz Elisabete.
Na Delphos, ela garante que as competências nunca foram julgadas pelo sexo. “O que ocorria é que, no passado, as mulheres se interessavam mais pelas áreas administrativas ou analíticas. Atualmente, na tecnologia, mais ou menos um terço da equipe é composta por mulheres, o que é um bom indicador”, conta.
Incentivo interno para que esse cenário continue mudando é o que não falta, já que Elisabete é atuária e, transitando entre as áreas técnica e de negócios, chegou ao segundo cargo mais importante da empresa. “Cada passo foi alvo de uma árdua conquista, sem qualquer tipo de privilégio”, registra a vice-presidente.
E aconselha: “não podemos perder de vista que nós, mulheres, ainda precisamos provar mais do que os homens. Precisamos estudar muito, nos atualizar sempre, e ter uma visão holística sobre os assuntos que tenham relação com os objetivos que desejamos alcançar ou com as posições que pretendemos disputar. Por fim, não devemos permitir que nossa delicadeza feminina seja confundida com sinal de fraqueza”.
Fonte: segs.com.br